Quiterianópolis

1 de junho de 2012 - 19:32

Formação administrativa

 

Distrito criado com a denominação de Santa Quitéria, pelo decreto estadual nº 1156, de 4 de abril de 1933, subordinado ao município de Independência. Em face do decreto lei nº 448, de 20 de dezembro de 1938, o distrito de Santa Quitéria passa a denominar-se Coutinho. Na época, a comunidade tinha como representantes: Macário de Sousa, conhecido por Padre Vaginha, e os políticos Miguel Eusébio Gomes Coutinho e João Gomes Coutinho.

 

Miguel Coutinho e João Coutinho foram homenageados com o nome da vila. O primeiro era tio e o segundo era pai do ex-deputado Alceu Vieira Coutinho. A família Coutinho era radicada na região e tinha largo prestígio político.

 

A lei nº 6.444, de 21 de julho de 1963, elevou o distrito de Coutinho à categoria de município, compreendendo os distritos de Coutinho e Algodões, ambos desmembrados de Independência. Mas, sem que a decisão legislativa se efetivasse, diante da revogação contida na lei nº 8.339, de 14 de dezembro de 1965, Coutinho volta a ser anexado ao município de Independência, como simples distrito.

 

História

 

A origem de Quiterianópolis data do século XVIII. Por volta dos anos 1770, aqui era uma fazenda pertencente a Quitéria Gonçalves de Lima e seu esposo Tenente José Nunes Batista. Localizada à margem direita do Rio Poti, na época denominado Riacho Itaim, a propriedade chamava-se fazenda Santa Quitéria. Foi uma homenagem à Quitéria de Lima, que doou uma área para servir de cemitério, pois já havia sido sepultada muita gente no local.

 

No ano de 1778, Quitéria de Lima e José Nunes vão ao município de Marvão (atual Castelo do Piaui), no vizinho estado do Piauí. A viagem teve como objetivo falar com o vigário da paróquia daquela cidade e pedir permissão para construir uma capela, em Santa Quitéria, para que os moradores do povoado praticassem suas devoções. Na época, tinha-se o costume de rezar o terço nas casas. O santuário foi construído, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição.

 

Em 19 de maio de 1788 o casal resolve doar os bens para a manutenção e construção final da capela. Era meia légua de terra em quadra, seis éguas e trinta vacas. A doação foi oficializada e os bens ficaram na responsabilidade do senhor João Pereira de Lima, Tenente José Lopes e Coronel Raimundo de Oliveira.

 

João Pereira de Lima ficou responsável pela Igreja e o Tenente José Lopes ficou cuidando das terras. Já as vacas e éguas ficaram na responsabilidade do coronel Raimundo de Oliveira. O Termo de Doação foi realizado na Vila de Piranhas (atual Crateús) e registrado no Cartório Mourão, na cidade Castelo do Piauí. Naquela época, toda a nossa região pertencia ao Piauí e a capela fazia parte da freguesia de Oeiras, Diocese de São Luis do Maranhão.

 

Ao decorrer do tempo, (por volta de xx) Quitéria de Lima e José Nunes faleceram e apareceu um herdeiro do casal, vindo do estado da Bahia. Mas o parente respeitou a decisão da saudosa família. O tempo passou, novos moradores chegavam e o povoado começou crescer. O então povoado de Santa Quitéria passou a pertencer ao Estado do Ceará, como distrito de Independência. As dificuldades eram grandes, as pessoas se locomoviam através de animais e as doenças eram curadas com raízes de ervas.

 

Não havia médicos e enfermeiros na região. Só existia uma única parteira, a Senhora Antônia Maria da Conceição ou Mãe Tainha. Ela se deslocava nas costas de um animal para fazer os partos e no período invernoso atravessava o rio ou riacho em cama de couro de gado.

 

Atualmente Quiterianópolis possui 4 distritos:

    Algodões
    Quiterianópolis (distrito-sede)
    São Francisco
    Baixio

 

Gentílico: quiterianopolenses
População: 19 918 hab. IBGE/2010
Endereço Eletrônico: http://quiterianopolis.ce.gov.br/